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domingo, 22 de maio de 2011

Profissão professor

Com um ano de formada e nem tanto assim de experiência em sala de aula confesso que, com todo o meu otimismo de que ainda posso fazer alguma coisa pra mudar, nem que seja ao meu redor, a situação em que se encontra a educação, ora ou outra bate um desespero. Parece que tudo piora a cada dia que passa, digo indisciplina em sala de aula, falta de perspectiva dos alunos, baixa remuneração dos professores, infra-estrutura precária das escolas e tantos outros problemas que vão aparecendo ao longo dos anos e não são novidade pra ninguém.

O depoimento da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte tem repercutido nos últimos dias nas redes sociais e causado indignação aos que conseguem entender o heroísmo que é estar numa sala de aula e receber no final do mês um mísero salário que dá para sobreviver somente se triplicado, ou seja, sacrificado nos três turnos, como afirma a professora. Não há nenhuma novidade no que venho discutindo, muito menos no desabafo da professora citada, todo mundo tá cansado de saber das reivindicações que reclamam os profissionais da educação. E pra completar há ainda aqueles que mencionam frases do tipo: "Por que, então, escolheu ser professor? Já não sabia de tudo isso?

Pois bem, não vem ao caso o porquê da escolha, se vocação ou falta de opção, aliás, ainda acredito que se essa "falta de opção" viesse acompanhada de remuneração digna haveriam aqueles que se encontrariam na profissão professor. O que quero dizer é o seguinte: Nós professoras e professores precisamos de apoio de todas e todos para pensar dias melhores. O problema é que mesmo vivendo em sociedade ainda não conseguimos enxergar que o bem-estar do outro é o bem-estar de todos. Parece até bordão, mas se continuarmos achando que a profissão professor não faz nenhuma diferença, sinceramente, não sei aonde vamos parar!

E por falar em bordão... pra concluir minha fala, recorro e respondo a uma frase veiculada a alguns dias atrás em pleno horário nobre e que me deixou putz, onde ouvi que, quem trabalha no jardim de infância tem o mesmo nível intelectual das crianças. Enfim, só tenho a dizer que, sou formada em Pedagogia com habilitação em Educação Infantil e mesmo com todas as mazelas que cercam a profissão, tenho orgulho da escolha que fiz e do papel político que permeia tal escolha, apesar de não saber até quando vou suportar tanto desrespeito.

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