Foto: Andrea Faria/ Correio |
Chegar para os locais às vezes pode ser um tanto problemático, ônibus lotados e imensos congestionamentos são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos foliões. Agora se chegar já não é fácil, voltar para casa se torna uma verdadeira odisséia.
Apesar de todo o esquema de transportes armado pela prefeitura, o que se via nas madrugadas pós-folia eram ônibus apinhados de gente, bagunça generalizada com pessoas entrando pelas janelas dos coletivos; engarrafamentos tão irritantes quanto à do percurso de ida. Mesmo pra quem procurou outra opção como os táxis, a coisa foi ainda mais feia e isso merece um parágrafo a parte.
As histórias que ouvi sobre o péssimo serviço dos motoristas de táxi foram diversas, o que mais se falava era da trabalheira para se conseguir um que não estivesse ocupado, às vezes se andava quilômetros para finalmente encontrar um. Era como se a pessoa encontrasse um oásis no meio do deserto. Só que esse “oásis” não tinha nem um pouco de beleza, pois, muitos taxistas alegando possível prejuízo devido a permanecer nos congestionamentos, preferiam acertar o preço antes da corrida, o que é proibido. Pra se ter uma idéia, ouvi de uma amiga que um deles cobrou incríveis 80 reais por pessoa pra poder fazer uma corrida de Ondina até o Itaigara, pra vocês verem até que ponto chega o absurdo. Isso quando não acontecia do taxista simplesmente recusar a corrida por alegar que o trajeto seria curto.
Depois ainda acham ruim quando são chamados de taxeiros.
Já entre suas contrapartes de duas rodas, vulgo moto taxistas, a coisa era ainda mais hardcore, não pelo fato de serem difíceis de encontrar pra uma corrida, mas pela grande quantidade de veículos apreendidos pela Transalvador e Polícia Militar e pelos diversos casos de imprudência dos “pilotos” desse tipo de transporte ainda não regulamentado.
Dentre todas as coisas que mancham a folia como as brigas, o lixo, as ruas com cheiro de mijo, ainda temos mais uma coisa pra “abrilhantar” negativamente essa festa tão significativa que é o carnaval de Salvador e pelo visto vai ser necessário um esforço imenso para reverter uma situação como essa. Quem acaba pagando o pato são todos; para uma cidade que almeja fazer bonito em uma Copa do Mundo é preciso ser melhor que isso, afinal não só a beleza cênica de uma cidade é o suficiente para ela ser amada por sua população e pelos turistas, mas também a qualidade dos serviços que são oferecidas nela.
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