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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Crônicas do Salvador Card

Hoje fui carregar o meu Salvador-Card e como acontece todos os dias na unidade do Iguatemi, havia uma imensa fila que se estendia por muitos metros fora do estabelecimento. Entrei na fila e resolvi cronometrar o tempo que levaria até ser atendido, por incrível que pareça a fila fluiu muito bem, quem dera que a realidade nos bancos fosse assim... Enfim, no final das contas foram 10 minutos, mas poderia ter sido bem menos, por que realmente às vezes não levo sorte com fila. Dois casos problemáticos antes de mim me empataram um bocado, mas depois pude seguir meu caminho para a faculdade.
Diante desse quadro aparentemente favorável me pergunto por que será que mesmo com a presteza do atendimento existe muita reclamação com os serviços prestados por essa empresa? Posso citar três principais razões:
  • Existem poucas unidades de atendimento para atender ao município, no Iguatemi, na estação da Lapa e no Comércio, sendo que esta não funciona nos sábados, justamente um dos dias mais visados por quem quer recarregar seu cartão. Para atender melhor ao público, principalmente nos dramáticos episódios de revalidação de cartões, poderia haver postos nas outras estações de ônibus como Pirajá por exemplo.
  • A época de revalidação de cartões como já citada acima é quando o serviço realmente é digno de reclamações, perde-se muito tempo nas filas e chega a ser frustrante para o estudante ou responsável quando depois de ficar plantado por mais de uma hora na fila, recebe a notícia que a escola não mandou a lista de alunos que teriam cartão revalidado... É de matar!
  • A inflexibilidade do serviço pelo fato de ser estritamente presencial e aceitar somente forma de pagamento em dinheiro. Um exemplo oposto é o da TWB que opera o sistema do ferry-boat Salvador- Itaparica, onde o pagamento pode ser feito nos guichês, aceitando-se cartão de crédito ou via boleto bancário, sendo que nesta forma de pagamento os créditos não são imediatamente disponíveis. Acredito que o Salvador-Card optou por essa inflexibilidade visando justamente inibir situações irregulares, pois há uma fiscalização maior nos postos, permitindo somente o próprio titular ou parentes de primeiro grau carregarem o cartão.
E o que dizer do cartão avulso? Que seria um cartão onde qualquer usuário poderia comprar créditos para aproveitar a “integração” existente entre as linhas de ônibus que operam em Salvador. Não sei se é pelo fato dele ser vendido e creditado em diversos locais, como lotéricas e outros credenciados, mas foi justamente o guichê reservado a ele que estava às moscas no Salvador Card, reflexo da situação financeira da maioria da população ou descrença na integração dos transportes da cidade? Creio que um pouco de tudo isso.

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