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sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Copa do Mundo e os torcedores de ocasião


Sábado, 2 de julho. Data marcada em Salvador pelas comemorações do dia da Independência da Bahia. Nesse mesmo dia, um outro acontecimento polarizava as atenções do povo soteropolitano: o jogo Holanda x Brasil pelas quartas-de-final da Copa do Mundo da Africa do Sul. Euforia total, pois poderia ser mais um bom motivo pra comemoração além do já citado anteriormente, porém com o apito final do juiz Toru Sagara, veio o desespero, o pranto e a crítica por parte de diversas pessoas que torciam pela seleção brasileira, inclusive meu amigo e diretor de arte do blog, Alex Garcia, que expressava de maneira EMOcionada sua tristeza em todos os meios possíveis, seja pelo messenger, seja por meio de sites de relacionamento.

O caso dele é interessante e me fez pensar sobre um público que eu gosto de chamar de "torcedores de ocasião" aquele tipo de pessoa, que comumente não se envolve em discussões futebolísticas, não torce pra nenhum clube: nada de Bahia, Vitória, Palmeiras, Flamengo... porém torce, vibra e se desespera pela seleção nacional; mas ele não é o único, muito pelo contrário, um número significativo de pessoas, segundo pesquisa divulgada recentemente pelo instituto análise, das 9000 pessoas entrevistadas em 70 cidades do Brasil entre abril e dezembro de 2009, cerca de 6% declararam torcer apenas pela seleção brasileira, sem possuir nenhum clube de coração. Trata-se de um público que parece apenas aparecer de quatro em quatro anos em momentos de copa e que engrossa as fileiras dos torcedores do esquete canarinho. Vale ressaltar que até entre os clubes brasileiros existe torcedores de ocasião, porém se diferenciam pelo fato torcerem por determinado time com o intuito de "secar" o time rival (ou vocês acham que na torcida do Santos no jogo contra o Vitória no Barradão vão estar somente torcedores do clube santista?).
De uma forma ou de outra, os torcedores de ocasião são sempre bem vindos e pra meu amigo Alex só me restou convidá-lo pra assistir o restante do desfile de Dois de Julho e chorar um pouquinho no pé do caboclo que daqui a quatro anos tem mais.

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